sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Um enlinhado de desabafo

Nunca me disseram que, com o tempo, as pessoas se tornam mais solitárias. Foi crescendo que eu comecei a perceber como minha prima deixou de comemorar o aniversário, minha mãe contava a vida toda para a primeira pessoa que topasse conversar e minha avó sofria até para falar no telefone. Incrivelmente, eu nunca achei que fosse acontecer comigo, e nem era por me sentir próxima dos meus amigos. Era tudo questão de confiança de que eu nunca me sentiria fragilizada por estar sozinha.
Bem, aconteceu.
Um belo dia na faculdade eu percebi que faziam meses que eu não parava pra conversar com ninguém. Nada da rotina de encontrar toda manhã, ficar na fila pro lanche ou sentar numa área lotada de conhecidos. Nada ia ser como antes nunca mais. Mas no último ano, essa ideia não tinha me parecido tão ruim. As memórias eram embaraçosas ou tristes, eu me sentia cansada na maioria do tempo. Por que de repente a vontade de voltar no tempo tinha batido tão forte?
A verdade é que eu, que odeio rotinas, tinha me acostumado a uma. A rotina de sete anos tinha sido alterada tão subitamente que eu nem sabia como começar de novo. Apesar de ter passado por vários colégios e cursinhos, ter dito oi e adeus para várias pessoas que foram cruciais na minha vida, eu desaprendi a começar do zero. Os meus amigos dos últimos anos, em todos os casos, eu conheci por causa de alguém. Acho que é mais fácil assim, como se uma pessoa que tem o mesmo gosto que você te recomendasse uma música. Você confia a ponto de pelo menos ouvir uma vez. Mas chegar num lugar em que você não conhece ninguém é assustador. Tive tanta dificuldade em fazer amizade com alguém nesse primeiro ano da faculdade (amizade de verdade, para conhecer e confiar, não de bom dia e boa tarde) que não sei como vou sobreviver os outros três ou quatro anos. Também, como desabafar com alguém que você mal sabe o nome?
Eu sei que é quase impossível trocar tantos anos de convivência por poucos meses, e eu sei que se começa aos poucos, mas eu não vejo como isso pode acontecer algum dia no futuro. Eu sinto que vai ter sempre um vazio nos meus dias, e que isso vai me incomodar para sempre.
Quem mais me faz falta é minha melhor amiga, que, por coincidência também faz o mesmo curso de que eu (pelo menos por enquanto). A gente não deu sorte e não temos nenhuma aula juntas, mas queremos mudar isso em breve. O que é incrível é que, mesmo eu me sentindo um pouco mal por ela estar fazendo tantos novos amigos e estar tendo experiências tão diferentes das minhas, ela ainda consegue estar do meu lado, não importa o que. É claro que é o que eu esperava de uma melhor amiga, mas nem sempre é o que eu vejo com os meus outros amigos próximos ou com os melhores amigos deles. A gente conversa menos, com toda certeza, e eu as vezes me sinto sozinha sim, mas ela ainda me suporta como sempre. É bom saber que ela fala de mim para os outros, conta das nossas histórias e essas pessoas ficam curiosas para me conhecer pessoalmente. Esse e outros muitos gestos recentes, que, mesmo pequenos, me mostraram que eu ainda sou tão importante para ela como ela é para mim. E eu não consigo imaginar uma vida em que não fosse assim.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Cereal Killer Cafe


Com um nome que claramente faz piada com a expressão "serial killer", o Cereal Killer é o primeiro café internacional que serve cereais. Todo decorado com base nos anos 80 e 90, o Cereal Killer foi fundado em dezembro de 2014 pelo gêmeos Alan e Gary Keery, com a primeira sede em Brick Lane, Londres.
O modo de se servir é simples: cada cliente se serve em sua própria tijela, podendo escolher entre mais de  100 marcas de cereais de todo o mundo, podendo ainda misturar com umas das 30 opções de leite e/ou 20 opções de cobertura ou extras.
Outra sede foi aberta em Maio de 2015, em Camden e em outubro do mesmo ano os irmãos Keery lançaram um livro de culinária.

Ambas matrizes do café abrem de manhã e seguem até a noite: Em Brick Lane, as 8 da manhã às 8 da noite, e em Camden das 9:20 às 7.

[Todas as imagens foram retiradas do site

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Inovação e inclusão nas Paralimpíadas

Que as Paraolimpíadas são um símbolo de coragem e superação não é nenhuma nenhuma novidade. Mas não podemos negar que essa edição está sendo um espetáculo.
Talvez por ser sediado no nosso país, os jogos olímpicos e paraolímpicos desse ano já estavam sendo aguardados de braços abertos. Desde o começo, os mascotes Vinícius e Tom fizeram questão de interagir e ganhar o carinho dos telespectadores. E apesar das Olimpíadas terem sido um sucesso, são as Paraolimpíadas que agora merecem um foco especial.

Apesar da falta de divulgação nos canais abertos da rede nacional, tiveram recorde de venda: 145 mil ingressos em 24 horas. A causa mais provável foi a propaganda pelas redes sociais, incentivando que, quem pudesse, fosse prestigiar o Brasil nesse momento importante.
Outro fato importante foi a inauguração do símbolo paraolímpico na praia de Copacabana. Os chamados agitos foram construídos a partir de material reciclado recolhido daquela mesma praia com a ajuda de crianças e jovens do município. Criada por Elisa Brasil, a ideia da escultura é unir inclusão, interatividade e sustentabilidade e explorar os sentidos em diversas texturas e aromas.


E algo inédito na história dos jogos paraolímpicos é a experiência sensorial nas medalhas. Além de vir escrito em braile "Rio 2016 Paralympic Games", cada medalha vem com guizos ou pequenas bolinhas por dentro. As medalhas de ouro vêm com 28 de ouro, as de prata com 20 e as de bronze com 18.



[Nadadores Bradley Snyder e Ellie Cole]

É incrível poder perceber o quão marcantes essas (Para)Olimpíadas estão sendo e quanto se desenvolve com os anos, e espero poder ver maiores mudanças daqui para frente buscando a incluir e aceitar ainda mais as diferenças.



[Imagens daqui, daqui e daqui]

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

hotel iglu & aurora boreal



Boa tarde!
Por causa do tema de quarta, o post de hoje vai ser sobre o hotel Kakslauttanen Arctic Resort.
Localizado numa cidade de mesmo nome, na lapônia finlandesa, o hotel atrai turistas do mundo todo. Além de cabanas de madeira e iglus de neve, é possível se hospedar em iglus aquecidos de vidro que comportam até 4 pessoas. Esse iglus são abertos na época da aurora boreal (a partir de 20 de agosto até final de abril) para a observação sem precisar enfrentar o frio e a neve. Também existem cabanas de madeira que possuem um iglu de vidro acoplado, que comportam até 6 pessoas. O único lado negativo é que nem todos os quartos têm banheiros próprios (existem saunas e chuveiros em edifícios separados).
No inverno, além de observar a aurora boreal, é possível andar de trenó puxados por huskies ou renas, andar de cavalo ou motos ou tanques de neve, pescar, esquiar, visitar a casa do Papai Noel, entre outras coisas.
Já no verão, algumas das atrações oferecidas são garimpar a procura de ouro, fazer caminhadas, colher cogumelos e frutas vermelhas e fazer passeios de barco, canoa e caiaque.
O hotel fica a 25o km do Círculo Polar Ártico e o aeroporto mais próximo fica a meia hora de distância, em Ivalo. Para acessar o site em português, clique aqui.

[Todas as imagens foram retiradas do site ou da página do Facebook]

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

100.000 stars

 [Todas as imagens foram retiradas do site]
Oi gente!
Como hoje é segunda, eu voltei com o tema de indicações.
Hoje eu vim mostrar pra vocês um site que eu achei uns dois anos atrás. Como eu sou muito apaixonada por astronomia, até hoje eu tenho esse site no meu computador, eu gosto de abrir principalmente quando eu to estressada.
É esse site aqui, o 100.000 stars, que é um experimento do Google Chrome. Ele faz uma simulação da Via Láctea, a galáxia onde o nosso sistema solar está. Ela contém cerca de cem mil estrelas, assim como diz o nome.
É possível interagir, se afastando a ponto de ver toda a galáxia, ou se aproximando até ver o sol. Também podemos ler um pouco (em inglês) sobre as estrelas mais próximas de nós que ficam logo depois da Nuvem de Oort (uma nuvem esférica formada de cometas ou planetesimais com mais ou menos um ano luz de raio; é basicamente a região de influência gravitacional do sol), ou participar de um tour curtinho sobre a área que estamos vendo.
O site é ótimo tanto como um primeiro contato com a astronomia, tanto para quem quer se aprofundar, mas é claro que tem seus problemas. Um dos que eu pude perceber é que a visualização não é 100% precisa: falta, por exemplo, o cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter. Mas no geral, o site é incrível e inovador; traz algo que não é em todo canto da internet que podemos achar.

[PS: Se você ainda não conhece meu canal no Youtube, clique aqui, se inscreva e assista meus vídeos!]

quarta-feira, 11 de maio de 2016

praia nas Maldivas


Boa noite!
O tema da quarta-feira é o que eu acho mais especial e com certeza é o meu favorito, lugares para visitar!
Apesar da minha lista de places to visit não ser muito extensa (ainda), eu tenho uma lista de países que eu acho interessante e de vez em quando um lugar me chama muita atenção, como lugar que eu irei falar sobre hoje.
Em uma praia nas ilhas Maldivas, mais precisamente na ilha de Mudhdhoo, a imagem da praia mais parece uma reflexão do céu estrelado. Milhões de pontinhos fluorescentes iluminam a noite e formam uma obra de arte.

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Esse fenômeno, que inicialmente era causado por fitoplâncton bioluminescentes, são na verdade causados pela morte em massa dos ostracodes na praia das Maldivas (como corrigido pelo Huffinton Post aqui). Enquanto o fitoplâncton geralmente emite luz por apenas um segundo, ostracodes, quando em contato com a água podem brilhar por vários minutos.
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É possível perceber que a luz não acende somente com as ondas batendo na praia, mas também com a pressão de passos na areia.
Agora só nos resta conhecer esse lugar de perto para ter certeza se ele é tão mágico quanto nas fotos. O que acharam?
[Todas as fotos foram tiradas por esse fotógrafo]

terça-feira, 10 de maio de 2016

viajando sozinha

[A imagem fui eu quem tirei, no avião a caminho de Brasília. Viagens a noite são definitivamente mais cansativas]
Oi galera!
O tema da terça-feira é experiência!
A experiência que eu quero compartilhar hoje (no caso as) foram as vezes que eu viajei sozinha. Na verdade, as três vezes que eu viajei de avião foram sem os meus pais.
A primeira vez eu fui para Minas Gerais e  fiquei super nervosa por que não sabia se daria algum problema eu não ser maior de idade e não estar acompanhada de adultos. Mas não houve problema algum. A segunda viagem para Bahia foi mais tranquila por ter sido junto com um grupo grande, por ser viagem de formatura, então toda a turma foi no mesmo avião, além de que a gente estava acompanhado de um guia de turismo, então foi bem mais seguro. Já a terceira viagem foi ainda esse ano, eu fui para Brasília encontrar meu namorado. Dessa vez, além de comprar a passagem pela internet eu ainda ia completamente sozinha, sem saber se e como iria encontrar alguém (tanto na ida, quanto na volta). No final, tudo deu certo, mas é claro que sempre dá aquele friozinho na barriga né?
As principais dificuldades que eu senti foram acordar cedo sozinha e me comunicar com a minha família em outro estado. A primeira por que eu costumava dormir até mais tarde (ultimamente eu já estou me acostumando a acordar com o despertador) então houve um caso em que eu quase me atrasei para o vôo. O medo de perder o avião foi imenso, mas no final deu tudo certo apesar de ter ficado um clima chato na volta. A segunda por que, principalmente por andar muito e não permanecer no hotel por muito tempo, eu acabava sem sinal e sem tempo para me comunicar que estava tudo bem e etc (claro que meus pais surtavam kkkkkkkkkk) mas sempre acabou tudo bem, de tempos em tempos eu conseguia falar com eles.
A minha primeira viagem, apesar de ser tido exclusivamente para apresentar meu trabalho em uma feira científica, foi bem especial por que era meu primeiro contato com qualquer lugar fora de Recife (e com um avião também! foi muito nervoso no começo) e o primeiro lugar com pessoas realmente de fora. Todos foram bem fofos e prestativos, alguns até perguntaram como tinha sido o vôo, se a gente estava gostando e elogiaram várias vezes o nosso sotaque! A segunda viagem foi muito cansativa por que era para ter um roteiro cheio de atividades mesmo (apesar de não termos feito todas). A parte mais mágica foi uma visita a uma gruta, em que a gente pode desligar as lâmpadas e ficar só ouvindo o som da água sobre as rochas. Foi uma experiência única. A terceira viagem também foi ótima: apesar de ter durado poucos dias e não ter tido nenhum tour pela cidade, eu pude (re)encontrar amigos e o namorado. A vontade maior foi ficar no apartamento e assistir filmes, mais um clima de casa do que de viagem propriamente dito.
Eu nunca viajei para fora do país mas pretendo, em um futuro não muito distante, espero! Já no meio do ano irei repetir a dose de Brasília! Talvez seja possível escrever mais especificamente sobre essa viagem e mostrar algumas fotos.
Tentei não deixar o texto longo demais. Vocês já viajaram sem companhia e/ou para alguma desses lugares?

segunda-feira, 9 de maio de 2016

telegram

Boa tarde para vocês leitores!
Como esse é o primeiro post do blog, eu queria esclarecer umas coisinhas primeiro. Em cada dia da semana eu irei postar sobre um tema diferente. Nessa primeira semana eu irei explicar sobre cada tema em seu dia correspondente.
O tema da segunda-feira é indicações!
As indicações podem ser de aplicativos, jogos, comics, filmes, séries... Cada semana, uma surpresa nova.


A indicação de hoje, em homenagem ao bloqueio do Whatsapp no Brasil, é o aplicativo Telegram.
Que o Whatsapp é bem essencial para a comunicação pela internet a gente já sabe, mas que ele ia sair do ar semana passada, a gente nem imaginava. Ele estava previsto para sair do ar às 2 da tarde da segunda dia 2, e os grupos rapidamente se encheram de mensagens de aviso depois de 1. E aí um só pensamento preencheu as mentes de todos: o que fazer agora?
Alguns preferiram dar um jeito de manter o aplicativo desbloqueado, enquanto outros avançaram no Messenger do Facebook, nas mensagens via Twitter e, é claro, no Telegram.
Na última queda do Whatsapp, no final de 2015, o Telegram foi a melhor aposta, e esse ano também. Mas por quê?
O Whatsapp não caiu para mim em 2015, então eu só vim descobrir o Telegram esse ano (por livre e espontânea escolha, antes do bloqueio kkkkkkk). Eu decidi que iria me desapegar um pouco, principalmente por causa das inúmeras mensagens recebidas diariamente em grupos. Chamei meus amigos mais próximos e fomos para o Telegram.
E não é que é bom? Num primeiro momento, o app é meio complicado de mexer, mas em menos de meia hora, a gente já pega o jeito. Ele é simples e eficiente, e traz algumas ferramentas que os outros aplicativos ainda não apresentam
Alguns motivos do porquê eu prefiro o Telegram:
  • Stickers
Sério. Eles são muito bons. É possível achar stickers de qualquer coisa que você goste na internet. Alguns dos meus favoritos:
  • É possível responder a uma mensagem específica
  • Também é possível twittar usando o app
  • Gifs
  • Todas as imagens, vídeos, gifs, etc ficam salvos SOMENTE no app, a não ser que você diga ao contrário
  • Todas as fotos de perfis antigas ficam disponíveis, mesmo depois de trocadas
  • Conexão pelo navegador do computador sem precisar manter o celular conectado na internet o tempo todo
  • E a melhor coisa de todas: É POSSÍVEL JOGAR DENTRO DO APLICATIVO. Isso mesmo que você leu. Não só UNO, como poker, dentre outros jogos. É possível receber o horóscopo todo dia, as notícias do dia ou a previsão do tempo. Tudo isso está dentro das possibilidade dos bots: clique aqui para conferir alguns
A únicas coisa que eu sinto falta é o status. E vocês, o que acham?